Não há sensação melhor do que doar-se a si mesmo incondicionalmente. A retribuição é a felicidade inerente ao próprio ato de doar.
Do livro “Pocket Zen – 100 histórias budistas para meditar” de Bruno Pacheco:
“O mestre Seitsu necessitava de acomodações maiores, pois já não havia mais espaço para todos os monges no mosteiro.
Sensibilizado, um comerciante da região decidiu doar quinhentas moedas de ouro para a construção de um novo dormitório para os monges. Ele foi pessoalmente levar o dinheiro para o mestre.
‘Eu aceito’, foi tudo o que o mestre disse.
O Comerciante entregou-lhe o saco com as moedas de ouro, mas ficou um pouco aborrecido com a atitude do mestre. Ele havia doado uma quantia muito alta, uma pessoa poderia viver o ano inteiro com apenas metade das moedas de ouro, e o mestre nem sequer agradecera.
‘Neste saco tem quinhentas moedas de ouro’, insinuou o comerciante.
Seitsu disse que já sabia disso, que o comerciante já havia informado a quantia.
‘Mas até mesmo para mim, que sou um homem rico, quinhentas moedas de ouro valem muito’, disse o comerciante.
‘Você quer que eu lhe agradeça por isso?’, perguntou o mestre.
‘Deveria’, respondeu o comerciante.
‘Por que deveria? Quem dá é que deve ficar grato’, disse o mestre.”
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