A História das Coisas

por | 11/07/08 | Revolução, Sustentabilidade | 4 Comentários

The Story of Stuff (História das Coisas): Uma nova perspectiva sobre o ambiente, a sociedade e o consumo.
Um filme que irá mudar para sempre a forma como as pessoas vêm o consumo e os produtos. Este documentário é um alerta importante para todos os consumidores.

O que é a “História das Coisas”?

Um pequeno documentário educativo que apresenta importantes informações sobre questões ambientais e sociais dentro da temática do consumo de produtos, que representa um assunto urgente e de vital importância para a sobrevivência de todo o Planeta e da espécie Humana, para o presente e o futuro.
A História das Coisas é um documentário rápido e repleto de fatos que olha para o interior dos padrões do nosso sistema de extração, produção, consumo e lixo. Todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afetam as sociedades e o ambiente a nível local e mundial, mas a maioria destes fatos são propositadamente manipulados e escondidos dos nossos olhos pelas empresas e políticos, cujos objetivos principais são o lucro e o poder.
Isso é obtido através do consumo exacerbado que só pode ser realizado à custa de toda a vida na Terra, de sofrimento, exploração e destruição ambiental.
A História das Coisas expõe assim as conexões entre diversas questões ambientais e sociais, demonstrando com fatos, que ao consumirmos de forma inconsciente e desmedida, estamos destruindo o mundo e a nós mesmos.
É hora de tomarmos consciência do problema, para criarmos um mundo mais sustentável e justo para todos, para o planeta Terra e para futuras gerações.
VER DOCUMENTÁRIO EM PORTUGUÊS:

Website original do documentário: http://www.storyofstuff.com

* * *
Organização e Apoio: InfoNature.Org
Tradução e Legendagem: DocsPT

“A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nosso caminho de vida (way of life), e que transformemos a compra e o uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas em um ritmo cada vez maior.” Victor Leboux, analista de vendas, em meados dos anos 50.

“O principal objetivo da economia estadunidense é produzir mais bens de consumo.” Conselheiro do presidente estadunidense Eisenhower

Se tiver 15 minutos, assista… vale a pena….
Levando-se em consideração que a autora também é esdadunidense e puxa uma sardinha forte para o governo… mas dentro do contexto, vá lá…

4 Comentários

  1. Pedro F.

    Da hora mesmo. Didático e claro.

    No momento em que ela fala em “externalização de custos”, deixa a entender que podemos colocar um preço na natureza[!]. Não podemos nem entender a sua linguagem e queremos colocar um preço? Como? Somos Deus agora?

    Deu um pouco a impressão que existem pessoas decidindo coisas quando são somente o suporte de uma relação de capital estabelecida pelas suas costas.

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  2. Gabriel Dread

    Essa parte de externalizar custos eu não entendi muito bem, mas pelo que pesquei, ela se referia a custos como transporte, produção, pessoal envolvido, estocagem, etc… não me lembro se ela fez alguma referência à natureza.

    Com relação à sua visão (que para mim, leigo se parece marxista), concordo com você que no atual estado das coisas, as pessoas são mero suporte de uma relação de capital estabelecida sobre as pessoas, mas acho que a idéia é que cada um de nós, indivíduos, podemos mudar este quadro…

    Valeu pelas observações!

    Abração

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  3. Pedro F.

    In limite o que esse papo de ‘externalização de custos’ vai levar é uma precificação da natureza. Se Kant estava certo, não podemos acessar a natureza em si, porque a nossa relação com ela é mediada pela nossa subjetividade. Goethe vai propor um acesso direto, mas aí entramos em um contato místico que não pode ser verbalizado completamente.

    Marxista sim. Isso porque a nossa relação com a natureza é mediada pelo trabalho, que é alienado no capitalismo.

    O indivíduo é uma fábula burguesa, mera aparência. Quando falamos que ‘a sociedade é invidualista’ estamos falando da aparência. Porque na realidade o que a divisão do trabalho nos impõe é uma dependência cada vez maior em relação aos outros. Hoje em dia cada pessoa trabalha com algo tão específico que ela perde a sua autonomia de prover o seu sustento e depende cada vez mais do sistema que se apóia no trabalho abstrato e alienado das relações de capital.

    Só podemos mudar esse quadro coletivamente, jogando na lata de lixo da história esse papo de ‘indvíduo’.

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  4. Rafael Abreu

    Externalizar custos é o que as empresas fazem atualmente. Para que ocorra o desenvolimento sustentável, é necessário internalizar as externalidades. Mas o que são externalidades? Quando se produz algo, temos além do produto uma série de problemas que são gerados com ele, como poluição sonora, ambiental, do ar, da água, miséria, transformação do ambiente, destruição de ambientes naturais… etc, etc, etc… E todos esses problemas vão destruir a saúde, a qualidade de vida, o bem estar de outras pessoas que não serão idenizadas por isso. Não serão nem consultadas se aceitam essa transformação. O meio ambiente é de todos, e não é justo ele ser destruído para gerar riqueza e conformo para apenas uma parte da população mundial. Isso são externalidades, é quando a poluição da sua empresa gera dificuldades respiratórias numa criança asmática. É quando outras pessoas pagam de alguma forma pelo que você consome. Todo produto gera externalidades, o que devemos analisar é se os benefícios da produção são maiores do que o malefícios, e fazer com que o preço agregado seja suficiente para corrigir completamente os malefícios causados. Quer andar todo dia com um carro V8 por ai? Tudo bem, mas você vai pagar caro por isso. Quanto? Quanto custar medidas que corrijam esse seu estilo de vida. E se for impossível a correção? Então esse produto não é sustentável, e não deverá existir. O difícil como nosso colega disse anteriormente é calcular certas externalidades, como por exemplo a extinção de uma espécie que nem chegou a ser descoberta, pela ação humana! E ai, vamos cobrar de quem? Como vamos trazer essa espécie de volta a vida? Isso é um assunto muito polêmico!

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