Nós estamos pendurados de cabeça para baixo (mas não existe embaixo) em um oásis de vida flutuando num espaço cheio de vazio.
É um milagre.
A gravidade é o amor incondicional que a Mãe Terra nos dá. Está sempre aí por nós, independentemente do que a gente faça.
Pena que alguns de nós vivem uma ilusão de grandeza. Estão tão desconectados da vida, do universo e tudo mais, que acham ok ter tudo às custas do planeta que é a fonte da vida, assistindo a seus irmãos e irmãs literalmente na merda sem fazer nada pra mudar esse quadro.
O único caminho é a solidariedade, a compaixão, é ação direta.
É não descansar até que consigamos acabar com as injustiças absurdas e irracionais, inumanas, a que a maioria das criaturas no planeta é submetida por nossos irmãos de sangue.
Esse é o nosso projeto coletivo. Nós somos Gaia tomando consciência de si mesma.
A Terra é uma espaçonave viva girando a 107 mil km/h, gerando força gravitacional suficiente para sustentar a vida até que ela evolua a seres que adquirem consciência de si mesmos, da vida e desta benção. E se movendo e oscilando em pelo menos 24 movimentos simultâneos.
As picuinhas ficam tão pequenas diante da consciência da dimensão planetária da vida, a interdependência entre todos os seres, auto-regulando as condições ideais para a vida e interligando tudo.
Ser humano é tomar consciência disso, é sentir a gravidade nos amparando, escutar o som da nossa respiração e dançar a batida do nosso coração. E assumir nossa responsabilidade perante a sobrevivência da vida no planeta.
Nós somos a Terra evoluindo e tomando consciência de si, aprendendo a contar suas histórias. Não é um privilégio, é uma dádiva.
Nós somos os filhos e filhas da criação. Nós somos crianças na criação. A Mãe Terra chama seus filhos e filhas.
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